Menopausa. Os afrontamentos, alterações do sono, memória e da libido, entre outros sintomas.
A Menopausa pode ser definida por ausência de menstruação durante 6 meses consecutivos e daí em diante. Não há uma data padrão para o início desta fase e também não depende da idade em que as progenitoras as tiveram.
Fatores ambientais podem ajudar a antecipar a menopausa, como sejam o caso de exposição a radiações de várias origens, tabaco, poluição, stress, sedentarismo, tipo de alimentação, entre outros.
Frequentemente inicia-se após os 40 anos e pode estender-se até aos 55 ou mais. Antes dos 40 fala-se de menopausa precoce, depois dos 55 menopausa tardia.
A menopausa corresponde ao envelhecimento do ovário, que começa a diminuir progressivamente a produção da hormona estradiol. A sintomatologia mais frequente é sem dúvida a alteração do ciclo menstrual.
Cerca de 70% das mulheres terão afrontamentos, podendo estes ser muito incomodativos, por vezes acompanhados de palpitações e rubor facial. Apesar do afrontamento não ser uma doença, há pessoas que não conseguem levar uma vida normal. Também surgem alterações no ritmo do sono (insónias, sonos curtos…).
Há também registos de alteração do humor, sendo o mais comum a irritabilidade e a depressão. Alteração da memória e perda de concentração também podem ocorrer, bem como a diminuição da líbido, dispareunia (dor nas relações sexuais ) e atrofia da pele e mucosas.
Outro sintoma é a urgência urinária, que não deve ser confundida com a incontinência. A não existência de estradiol em quantidade suficiente em circulação leva a médio e a longo prazo à perda de massa óssea, causando osteoporose e aumento da probabilidade de fraturas espontâneas.
Sendo o estradiol cardioprotetor, a sua diminuição faz aumentar as doenças cardiovasculares como a HTA (hipertensão arterial) e a doença coronária.
Estas doenças são graves problemas de saúde pública que podem e devem ser evitados.
O que fazer?
Antes de se iniciar qualquer terapêutica, a mulher deverá realizar uma mamografia, densitometria, análises gerais e hormonais ou outros exames que se justifiquem.
A terapêutica a considerar dependerá da mulher e das suas queixas especificas, das opções possíveis e do aconselhamento do seu médico.
Existem tratamentos hormonais (medicamentos) que o seu medico assistente poderá considerar e que visam melhorar a sua qualidade de vida.
Hoje em dia existem tratamentos não hormonais à disposição das mulheres e dos seus médicos assistentes, que apresentam excelentes resultados clínicos, e que proporcionam uma significativa melhoria da saúde das mulheres nesta fase especial das suas vidas.
Fale com o seu ginecologista.