Disfunção erétil – tudo o que precisa de saber
Ter problemas de ereção, ocasionalmente, pode não ser necessariamente motivo de preocupação. Contudo, se a disfunção eréctil for uma questão contínua, pode causar stress, afetar a autoconfiança e criar problemas nos relacionamentos. Dificuldades em obter ou manter uma ereção também podem ser um sinal de uma condição de saúde subjacente que necessita de tratamento, e um fator de risco para doenças cardíacas.
Se estiver preocupado com disfunção eréctil, fale com o seu médico. Por vezes, o tratamento de uma condição subjacente é suficiente para inverter a disfunção eréctil. Noutros casos, podem ser necessários medicamentos ou outros tratamentos diretos.
A disfunção erétil
A ereção é um processo complexo que envolve o cérebro, diversas hormonas, os nervos pélvicos e os vasos sanguíneos que irrigam o pénis. A disfunção erétil é uma disfunção sexual masculina, caracterizada pela incapacidade persistente em obter, ou manter, uma ereção peniana que permita um desempenho sexual satisfatório.
Trata-se de um problema que atinge o sexo masculino, podendo ocorrer em qualquer idade, embora seja mais comum em idades mais avançadas. De um modo geral, esta doença afeta 29% dos homens entre os 40 e os 49 anos, 50% entre os 50 e os 59 e 74% entre os 60 e os 69. Estima-se que, em Portugal, atinja cerca de 500 mil homens (13%).
Está totalmente reconhecido que a disfunção erétil resulta numa diminuição importante da qualidade de vida, no doente e respetiva/o parceira/o.
Causas para a disfunção erétil
As causas mais comuns são a doença coronária, a ateroesclerose, a diabetes, a obesidade e a hipertensão arterial. Nalguns casos, a disfunção eréctil pode representar o primeiro sinal destas enfermidades.
Ainda assim, há outras causas associadas:
- Causas psicogénicas
As causas psicogénicas decorrem de problemas no emprego, stress, ansiedade, problemas financeiros, depressão, entre outras.
- Causas orgânicas
As causas orgânicas para a disfunção erétil podem estar relacionadas com:
- Acidentes vasculares cerebrais (AVC);
- Alcoolismo;
- Algumas doenças neurológicas, como doença de Parkinson;
- Colesterol;
- Consumo de drogas ilícitas;
- Diabetes;
- Doenças cardiovasculares;
- Esclerose múltipla;
- Hipertensão arterial e alguns medicamentos usados para o seu tratamento;
- Medicamentos;
- Tabagismo;
- Uso de anti-histamínicos.
Qual é o tratamento para disfunção erétil?
Na maioria dos casos, é possível tratar eficazmente a disfunção erétil. Numa fase inicial, devem ser implementadas alterações do estilo de vida: por exemplo, exercício físico regular e alimentação saudável. A abordagem terapêutica, noutro prisma, aconselha-se que seja feita em casal, de modo a aumentar a adesão, satisfação e cumplicidade no tratamento.
A terapêutica farmacológica de primeira linha é constituída por fármacos de administração oral, com elevada taxa de sucesso. Outras alternativas são tratamentos hormonais, bombas de vácuo que favorecem a ereção, a implantação de próteses penianas ou a cirurgia vascular.
Importante referir que encarar a disfunção sexual como um tabu torna-a um problema subdiagnosticado e não tratado. Procure aconselhamento médico especializado e encontre uma das várias opções terapêuticas disponíveis e eficazes que podem ajudar a resolver esta questão de forma eficaz.