Ansiedade – o que é, sintomas e tratamento

A ansiedade é uma reação normal ao perigo ou ao stress do quotidiano. Pode ser entendida como uma sensação de medo perante uma ameaça ou uma preocupação perante algo que poderá acontecer e que tememos ser negativo. É comum as pessoas sentirem-se ansiosas quando têm problemas no trabalho, antes de realizarem um exame, uma apresentação ou quando necessitam de tomar uma decisão relevante. Se a ansiedade for exagerada e/ou prolongada, persistindo para lá do evento desencadeador, poderá tratar-se de um problema mais grave e merecer atenção.

Existem diferentes tipos de ansiedade, tais como: fobias, ataques de pânico, stress pós-traumático, ansiedade generalizada, etc.

Existem vários sintomas, incluindo, principalmente:

• Sintomas psicológicos: sensação de medo intenso e reticência, acompanhados de inquietação, estreitamento da atenção, que fica focada apenas na fonte do medo; preocupações constantes; estado de alerta e dificuldade em adormecer; irritabilidade;
• Sintomas físicos: tensão muscular, tremores, respiração mais acelerada e, devido à respiração ofegante e superficial, podem surgir tonturas e sensação de formigueiro. Também aumento dos batimentos cardíacos por minuto, transpiração excessiva, xerostomia (boca seca), vontade súbita de urinar ou defecar;
• Sintomas comportamentais: evitamento da ameaça ou dos estímulos associados ao perigo, por ansiedade intensa na sua aproximação ou até no ato de pensar sobre elas (por exemplo, pensar em viajar de avião faz o indivíduo ficar muito ansioso; se for fobia a alturas, não se aproxima de edifícios elevados nem passa em pontes).

Em algumas situações, a ansiedade pode ter uma causa clara. Contudo, há casos em que parece não ter uma origem aparente. Nessas circunstâncias, o facto de a pessoa não conseguir identificar o motivo, tende a intensificá-la ainda mais. Por isso, um dos aspetos essenciais no tratamento é descobrir os fatores que a desencadeiam.

Há indícios de que a ansiedade possa ter uma base genética.

Vivenciar situações stressantes, e a incapacidade de lidar com elas, o consumo de álcool, drogas, chá, café, tabaco e alguns medicamentos podem estar relacionados com crises de ansiedade.

De maneira geral, os problemas com que nos defrontamos no dia-a-dia frequentemente desencadeiam ansiedade e, em casos mais graves, angústia. Dificuldades pessoais de integração na sociedade, conflitos internos nos campos afetivo, emocional e sexual podem também conduzir a sintomas de ansiedade.

Resumindo, as causas podem ser várias:

• Genéticas;
• Psicológicas;
• Trauma;
• Drogas;
• Consumo excessivo de cafeína;
• Problemas de saúde mental;
• Problemas físicos (como doenças da tiróide, por exemplo, ou tratamentos, como os medicamentos corticóides),
• Etc.

É importante a noção de que a ansiedade é um fenómeno universal, que faz parte da vida. Frequentemente, pequenas alterações no dia-a-dia ou nos hábitos podem diminuir ou mesmo eliminar a ansiedade.

Pode ser útil adotar hábitos simples que permitam reduzir os estados de ansiedade, como por exemplo técnicas de relaxamento e meditação, uma boa gestão e organização do tempo ou uma comunicação regular e eficaz com os outros (tanto no trabalho como em casa). Dormir bem é, também, muito importante.

Pode ser necessário o recurso a medicamentos, que deverão ser sempre prescritos pelo médico. Este tipo de tratamento é, habitualmente, de longa duração e deve ser cuidadosamente acompanhado. Em alguns casos a utilização de fármacos pode ser complementada com psicoterapia. Evite sempre a automedicação.

O papel da suplementação

Alguns estudos mostram que através da suplementação é possível aumentar a boa disposição, atenuar os sintomas de ansiedade e depressão presentes na sociedade moderna, e potenciar alguns tratamentos farmacológicos.

O diagnóstico pode ser feito pelo médico de família ou, em casos mais complexos, pelo médico especialista em psiquiatria. É sempre de exclusão, ou seja, primeiramente é fundamental excluir problemas de saúde que apresentem sintomas semelhantes e possam justificar exames complementares.

A ansiedade e o sono estão intimamente ligados, sendo que um pode influenciar negativamente o outro. Pessoas que sofrem de ansiedade frequentemente enfrentam dificuldades em adormecer ou manter um sono contínuo durante a noite. Os pensamentos intrusivos e as preocupações constantes podem manter o cérebro em estado de alerta, dificultando o relaxamento necessário para um sono reparador. Esta falta de sono de qualidade pode, por sua vez, exacerbar os sintomas de ansiedade, criando um círculo vicioso difícil de quebrar.

Além disso, a privação de sono afeta o equilíbrio emocional e a capacidade de lidar com o stress diário, aumentando a suscetibilidade a episódios de ansiedade. Estudos indicam que a falta de sono adequado pode prejudicar a função cognitiva, diminuindo a capacidade de concentração e a tomada de decisões, o que pode aumentar a sensação de ansiedade. Assim, é essencial abordar tanto a ansiedade, como os problemas de sono, simultaneamente, utilizando técnicas de gestão do stress, higiene do sono e, em alguns casos, terapia ou medicação prescrita por um profissional de saúde.

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